segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Iluminação zenital - Paula De Bellis

         Iluminação zenital é uma técnica bastante utilizada com a intenção de fazer com que a luz natural penetre no ambiente através de pequenas ou grandes aberturas criadas na cobertura de uma edificação. Essa aberturas para serem eficientes precisam de certas regras de inserção. No caso de construções abaixo da linha do equador (zona tropical), recomenda-se uma determinada porcentagem de abertura, pois se ela for elevada para o local poderá superaquecê-lo, tornando-se um local desconfortável.

        Abaixo um exemplo de  shed em um sitio urbano na cidade de Sao Paulo. A área iluminada compreende 2 andares internos da casa. Economiza energia, além de criar uma ambiencia clara e confortavel tanto para leitura quanto para refeições no andar inferior durante todo o dia.

Projeto da  arquiteta Amelia Bratke.





Shed : abertura zenital de apenas um dos lados do ambiente. Melhor desempenho quando orientado a sul parlatitudes compreendidas entre 24° e 32° S, no caso do Brasil.

          A Pinacoteca do Estado de São Paulo teve em 1990 uma intervenção do arquiteto Paulo Mendes da Rocha com  clarabóias planas em todos os vazios internos, o que permitiu  resolver os problemas detectados no diagnóstico do prédio: a umidade que paulatinamente degradava as robustas paredes em alvenaria de tijolos de barro entre outros. As clarabóias   confeccionadas em perfis de aço e vidros laminados, evitou a entrada de chuva e garantiu, através da ventilação, a reprodução das condições originais de respiração do conjunto dos salões internos. Ao mesmo tempo, possibilitou uma nova utilização desses espaços: como exemplo,no nível do chão, salões de pé direito triplo com uma sensação maior de liberdade dentro de um espaço coberto.







         Normalmente no Brasil se admite uma área de no máximo 10% do total do ambiente em iluminação zenital. No caso da Pinacoteca esse limite se extende ate 80% a 100% dos ambientes, posto que São Paulo é uma cidade fria e os ambientes com essa iluminação são de passagem, ou seja, o usuário não permanece no local. 

         Outro exemplo de clarabóia mas agora na cidade de Ipatinga/MG. 

O arquiteto Leonardo Bueno encontrou como solução para um ambiente central da casa que era muito escuro por nao possuir entradas de luz. A clarabóia ocupa quase 80% do ambiente, mas como na pinacoteca, o local é de transição.






           A estrutura é de metalon e a parte translucida de policarbonato. A cidade de Ipatinga como é muito poluída e possui particulas de pó preto fino que além de engordurar, com o tempo ela tampa essa transparência, por isso, não é muito recomendada na região. Nesse caso, o arquiteto usou da inclinação da clarabóia para contornar esse problema, o que reflete também em menor manutenção da mesma.

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